O TEMPO
Tudo o que viver sobre a terra de hoje a
mil anos passara, porem a terra com sua luta em transformação ao tempo e todo
sacrifício imposto continuara viva e soberana diante de feridas abertas pelo
tempo, pois o tempo não para e a natureza não tem tempo a perder diante de uma
possível fatalidade. No silencio da transformação e a poda sem ordem, apenas
uma invasão de temor diante de possível catástrofe, com todos os esforços a
vida se regenera nos quatro pontos cardeais, se faz necessário continuar com todos
os esforços acreditando, mesmo que a visão humana ignore a dor tanto ensinada
através dos tempos e a humanidade em uma correria avassaladora insiste em
apenas destruir, no simples ato de se esconder e não querer enxergar os próprios
erros.
Olhar o horizonte a ver o deserto dos planetas
copiamos o mesmo erro, humanidade atrasas o tempo e desordenas o quebra cabeça,
exiges, mais não é capaz de lutar por dias melhores, humildade ao poder, do
caus a morte.
Uma nova era se aproxima, e o branco do
tecido aos seus pés, todo ser vivo ao envelhecimento precisa de forças para
mudar, para continuar um novo ciclo, uma nova era, pois tudo copiamos através
dos tempos, pois o tempo não para, alguns seguirão com sabedoria mais para outros
será tarde demais, a querida mãe após cuidar por milhares de anos dos seus
filhos pedira um tempo para descansar o repouso dos justos.
Toda vida terrena vai respirar por
séculos um novo propósito e serão passadas as gerações futuras que resistirão
ao novo ciclo para que não cometam o mesmo erro novamente, onde vida ceifada,
brotar a vida será de extrema importância, pois o tempo não para. Ao homem
decidir seguir em frente e lado a lado e não perder ao tempo e espaço, não
serão grandes homens com mente brilhantes, tecnologia, fugas de principais
culpas que nos salvara mais sim esforços humildes de uma parceria com o planeta
terra, equilíbrio para entender, humildade para viver.
O
Carvalho
Um pássaro pousou em uma arvore para
descansar do sol forte e aproveitou para comer algumas sementes estranhas,
beliscou com o bico, estava faminto, voou por centenas de quilômetros e
precisava repor suas energias para continuar sua viagem. Passou horas nos
galhos, belisca daqui e dali, quando estava de papo cheio resolveu descansar
para continuar sua viagem, isto aconteceu a mais de dez mil anos. Logo o
pássaro seguiu viagem, passou por grandes florestas, desertos, campos abertos,
no meio deste caminho resolveu parar, precisava eliminar todas as impurezas do
seu corpo, parou perto de um rio, tomou água, descansou, olhou de um lado para
o outro subiu em alguns galhos para ver se estava em segurança e soltou suas
fezes naquele local.
Logo seguiu para sua viagem sem fim,
mundo a fora, suas fezes caíram em uma fenda aberta na terra, no meio destas
fezes havia sementes que o pássaro deixara e que não foi fragmentada pelo seu
intestino.
Com o passar dos dias, meses, sol, chuva,
frio, com uma luta constante contra as forças da natureza uma pequena semente
germinou a terra e deu inicio ao ciclo de suma importância ao globo, viver.
Suas raízes e galhos desenvolveram-se através do tempo e levou dezenas de anos
para se formar à natureza e como um todo em parceria, tudo em sua volta
crescera em um ciclo de parceria e energia pura a essências ao ciclo da vida. A
três mil anos de sua existência viu o seu fim próximo, o mundo passou por
transformações enlouquecedoras, o planeta em si entraram em desequilíbrio de
forma assustadora, animais, pássaros, ventos fortes, chuvas, terremotos, vulcões
cuspindo fogo e jogando para fora toda sua energia em forma de lama
incandescente.
Todo planeta passaria por uma grande mudança,
esta transformação era como se o planeta estivesse trocando de pele, seria como
uma reformulação do fim de uma era e o inicio de uma nova ordem, aos
sobreviventes teriam uma segunda chance de fortalecer as gerações futuras.
A
arvore viveu por três mil anos até ali, suportou tudo o que era de mais nobre
até o mais sombrio.
Com cinco mil anos a pequena
arvore sobreviveria até ali não por pura sorte, pois a área onde estava era
intacta, perto de um rio em água abundante, tudo que havia de vida passava por
ali, independente retirava suas conclusões em relação à vida. Aos sete mil anos
aconteceu um fato estranho, o chão começou a tremer e não se tratava de uma
nova era do gelo, movimentos, barulhos, vinham de todos os lados, quando
apareceu um animal de quatro patas e um de dois pés em cima deste, eram muitos
centenas deles e a arvore sem entender nada, de repente os animais de dois pés
começaram a lutar uns com os outros em uma luta sanguinária e eu estava ali
para ver aqueles seres agonizarem até a morte, os animais de quatro patas
ficaram espalhados por toda área, ali cada um com seu dono deitado ao solo, com
o passar do tempo os animais foram embora e aqueles seres entraram em
decomposição ao solo e desapareceram, na minha visão houve medo, pois pela
primeira vez vi risco eminente entre vida e morte, a diferença era que eles se
locomoviam e eu não, havia uma chance de fugir e viver ou confrontar-se.
Já completada oito mil anos, fatos
aconteceram lentamente a sua volta, depois daquela guerra onde morreram muitos,
o pior estava por vir, um ser de dois pés não foi embora e fez uma casinha
perto do meu tronco, com o passar dos tempos aumentaram e multiplicaram em
duzentos anos, tornou-se uma grande cidade, e a arvore tornou-se referencia e ficou
ao meio intacto. Algum tempo depois aqueles seres de dois pés resolveram me
proteger e cercaram toda a minha volta para não ser arrancada, mais as minhas
irmãs a minha volta não tiveram a mesma sorte, infelizmente. Muitos passaram
por ali e ficaram a minha sombra, construtores de casas, engenheiros, escravos,
guerreiros, crianças e o tempo passou.
Com oito mil e cinqüenta anos
aconteceu um fato novo neste tempo, em um prazo de trinta anos passou um homem
de barbas que revolucionou a mentalidade dos seres, a terra entrava em uma nova
era, um novo caminho, pois aquele ser de dois pés era diferente de todos os
outros, por muitas vezes senti suas energias em meu tronco quando se sentava
aqui embaixo e conversava por horas com multidões, no dia do seu nascimento em
um curral aqui perto aconteceu um fato estranho, uma grande bola de fogo
atravessou os céus da cidade e no momento em que passou por aqui ele nasceu.
Porem aos trinta e três anos a arvore viu uma
cena horrenda, o ser estava apanhando muito, outros seres armados batiam nele,
o fizeram carregar uma madeira cruzada em suas costas, que mal teria feito para
carregar uma de minhas irmãs em suas costas, sangrava muito, havia galhos com
espinho em sua cabeça, uma senhora o acompanhava em sofrimento e lagrimas. No
final do dia no alto da montanha o ser foi preso à madeira, na sua morte houve
uma resposta rápida da natureza, formou-se um forte temporal, sua energia era
fora do comum para um ser terreno, mais passou e á vida se seguiu.
Nos próximos dois mil anos a terra
passou por uma revolução enlouquecedora e a arvore aprendeu a distinguir entre
o bem e o mal a sua volta, o bem sentaria ao seu tronco para descansar e
refletir a vida, o mal chegaria com ferramentas e teria o prazer de tirar a
vida de qualquer um sem piedade.
E a arvore passou por milhares de anos sempre
vendo aquelas cenas de terror impiedoso, intacto aos olhos humanos não entendia
por que continuavam viva soberana em meio de conflitos e paz, simplesmente
viva, guerras sem fim, homens carregando pedras para fazer grandes pirâmides,
soube de um mar aberto por um homem após erguer um galho seco, foi testemunha
de seres comercializando outros seres sem piedade ou pudor aos lhos.
Aos nove mil e quinhentos anos de sua idade
dois seres conversavam embaixo de sua copa com um livro enorme na mão e falavam
em paz, prosperidade e citaram o nome de um ser, que já havia morrido a mais de
mil e quinhentos anos e não foi esquecido, ainda assim era lembrado por pelo
seu amor a outros seres. A partir daí a arvore começou ver que na nova era sua
idade era apenas de mil e quinhentos anos.
Nestes últimos quinhentos anos os
piores de toda a sua vida terrena, o planeta passou por transformações e os
seres multiplicaram e de uma forma avassaladora e exploraram, mudaram
descobertas e descobertas, aprenderam a interferir no eco sistema e rumos
distintos foram tomados, já não se matava uns aos outros de tão perto, as armas
faziam barulho ensurdecedor, e seres caiam as dezenas, centenas. Um dia desses estes
seres se reuniram embaixo de minha copa e falavam em uma só raça, conspiravam e
falavam em morte, entre eles, um insistia na morte sem piedade e erguia a mão
para o alto e havia um desenho em sua roupa, senti uma energia ruim, pois a
morte oferecida era para aqueles mesmos seres que a quase mil e quinhentos anos
conviveram ao meio do ser lembrado pela humildade, e fizeram guerras piores,
mataram, incineravam outros seres, sem piedade, mais não durou muito, pois
todos os outros mesmo que assustados uniram forças e destruiu este ser, sem
piedade ou clemência.
Outro dia a centenas de quilômetros um enorme
cogumelo se formou e uma enorme ferida pelo ser foi aberta no planeta, o medo
se instalou mais outras guerras piores se formaram, pois os seres em escala
devoravam toda a terra em uma velocidade jamais vista, terremotos, maremotos,
tornados, vulcões, secas, enchentes, tsunamis, eu simplesmente por dez mil anos
vivo para ser testemunho de tudo isto.
Jogos de verdades e mentiras
nestes dois mil anos, mais seu fim estava próximo, um dia desses um ser com uma
maquina estranha chegou sem avisar e começou a entrar no meu tronco e cortou
sem piedade, não pediram permissão, não quiseram saber de sua historia e o
sentido que o levava até ali, mataram horas depois. A arvore virou peças de
moveis e muitos violinos, foram dez mil anos de historia vividos que começaram
com um simples ser e acabou pela ignorância de um ser incompreensível a
natureza. Fora a arvore morta, a devastação é total no mundo todo e por mais
esforços lançados pelo homem não dara tempo, consumimos energia velozmente,
mais destruímos do que criamos.
Alguém viu uma arvore perdida e solitária, a
muitas arvores dentro de nos com memórias através dos tempos e se perdem pela
razão de não ter coragem para mudar a vida terrestre.
Meu nome é
simplesmente CARVALHO, até outro dia
O Carvalho
- Milhares de anos; - gerações, - e
vi um ser dizer que tudo sobre a terra passaria; - mais ela continuaria a
seguir equilíbrio e desequilíbrios, quem viver verá.
- A minha vida em si não termina; -
apenas fui dividida em partes e distribuída em sons de sentimentos ao mundo.
- Lembro-me do dia em que um ser de
espírito nobre após ser surrado até o alto de uma montanha; - foi colocado ao
lado de dois outros seres e sacrificado até a morte.
- Simplesmente este ser chamava-se
Jesus; - embaixo de minha copa disse aos homens por varias vezes sobre uma
palavra chamada amor; - falou de ajuda ao próximo; - previu o futuro e curou
seres ao sofrimento.
- Entendi que, contudo com o passar
do tempo não teria a mesma sorte; - um dia minha vida chegaria ao fim.
- Aquele ser foi o maior exemplo aos
outros seres; - senti aquele momento e por muitos outros durante os séculos
seguintes; - grandes guerras aconteceram e homens fizeram sinais referentes
aquele ser pregado nas madeiras cruzadas; - entendi que o sentimento do ser pregado
a cruz não foi em vão de forma alguma.
- Grandes seres se levantaram em nome
do poder e caíram.
- Pequenos seres pregaram os
sentimentos por este Jesus e não foram esquecidos.
- Em dez mil anos foram muito tempo; - na minha morte; - continuei viva;
- ao olharem para mim no som das canções ecoarem em seus ouvidos; - lembre-se
de suas vivencias sobre a terra; - tudo passa mais a terra precisa e necessita
de uma continuidade soberana; - transformando-se ao equilíbrio.
- A natureza perdera muitas outras
arvores; - até mesmo outros carvalhos; - outras vão nascer em outras fendas ao
vôo do pássaro; - aconteça o que acontecer o tempo não para e o ciclo da vida
tem que seguir.
O
Ser Lembrado
- Sempre gostei de prezar os meus
ensinamentos embaixo daquela arvore.
- A brisa no final da tarde e a sombra
de sua copa davam-me um sinal de paz e tranqüilidade naquele momento tão
sublime.
- As coisas que aconteceriam no futuro
não deveriam contar, pois todo ser tem que seguir o seu destino sem interrupção;
- talvez eu não fosse ver mais aquela arvore tão bela.
- Testemunharia este momento e o futuro até
seus últimos dias.
- O sentimento humano é instável; -
momentos bons ou ruins não podem determinar; - mais podemos guiar ao amor, paz
e vivencia.
- O CARVALHO é uma arvore resistente
ao tempo, não vou determinar o seu tempo de vida; - mais sei que vivera o
suficiente para testemunhar as gerações futuras sobre o planeta terra.
- Morrerei aos trinta e três anos; - a
partir daqui o mundo seguira caminhos diferentes, não serei esquecido através
do tempo; - pois o CARVALHO estará ali para testemunhar este dia.
Jesus de Nazaré